Como parte da Rede Talitha Kum no Médio Oriente, estamos muito conscientes da crise humanitária em curso em Gaza. Com o nosso empenho, esforçamo-nos por ajudar o povo de Gaza, que se encontra atualmente numa situação de necessidade desesperada. É importante sublinhar que encaramos esta situação como uma crise humanitária, dando prioridade ao bem-estar de cada indivíduo em detrimento de considerações políticas. Acreditamos que todas as pessoas têm o direito de viver pacificamente na sua terra natal.

Além disso, chamamos a atenção para os recentes acontecimentos em Nagorno Karabakh, onde ocorreu uma limpeza étnica injusta dos arménios, resultando na sua injusta separação das suas terras ancestrais. Isto representa uma injustiça flagrante tanto contra o Cristianismo como contra a humanidade.

É fundamental reconhecer que cada vítima de uma guerra significa a perda de uma vida que  teve aspirações, sonhos e ligações de afeto. Os civis inocentes, em particular as crianças, as mulheres e os idosos, suportam um fardo desproporcionado de violência, deslocamento e trauma psicológico, quer estejam diretamente envolvidos ou sejam apanhados no fogo cruzado.

Esta secção pretende destacar as narrativas pessoais das pessoas afetadas, humanizando as estatísticas esmagadoras e apelando à comunidade global para uma ação decisiva. Ao confrontarmos as duras realidades da guerra, devemos reconhecer a nossa responsabilidade partilhada de salvaguardar vidas humanas e abordar as causas profundas dos conflitos violentos. É imperativo abraçar uma abordagem humanitária centrada na compaixão, empatia e diplomacia. Ao destacar as histórias muitas vezes esquecidas das vítimas, o nosso objectivo é estimular um diálogo mundial que nos impulsione para um futuro desprovido dos horrores da guerra, onde todas as vidas gozam de igual dignidade e respeito.

Embora tenhamos assinalado o Dia Internacional da Infância e da Adolescência a 20 de novembro com as Nações Unidas dedicando este dia ao bem-estar das crianças e dos adolescentes, o forte contraste é evidente com as crianças de Gaza, que sofrem incansáveis ​​ataques de foguetes no meio de um mar interminável de sangue.

As imagens e cenas impactantes destas crianças tocaram os corações de milhões de pessoas. A humanidade, sendo uma língua universal, transcende diferenças geográficas, culturais, linguísticas e antecedentes sociais e políticos. Através destas experiências humanas partilhadas, somos compelidos a procurar a verdade.

Essas imagens acompanham-nos diariamente, mas há um medo iminente de que nos possamos habituar a elas, tratando-as como rotina, como um veneno que ingerimos lentamente até que a humanidade definhe dentro de nós. Esforçamo-nos por não normalizar estas cenas, reconhecendo que esse é o nosso maior receio.

A urgência do assunto não pode ser exagerada. Os gritos incessantes das crianças de Gaza ameaçam extinguir a chama da humanidade, a menos que sejam tomadas medidas decisivas pelos responsáveis políticos para travar esta guerra brutal. É um apelo ao despertar das consciências antes que seja irreversivelmente tarde.

A Rede Talitha Kum e a iniciativa Wells of Hope estão a cuidar ativamente destas crianças e imploram a todas as organizações humanitárias que actuem imediatamente. Estas crianças necessitam desesperadamente de um apoio que lhes SALVE A VIDA e o momento de atuar é agora.

"Não têm elas o direito a uma vida decente, como todas as crianças do mundo?"

Talitha Kum Wells of Hope no Médio Oriente

29 de novembro de 2023